CASA DO BOI | Leo Romano

Para a Mostra o arquiteto criou um complexo tendo um “boi” e seus criadores como os personagens principais. As organizadoras da mostra convidaram Leo para criar um espaço que pudesse abrigar um animal vivo. Convite feito, convite aceito. Foi como um presente: para Leo, o animal é símbolo de força e riqueza, além de traduzir uma importante parcela da economia do nosso estado. Goiás é referência na pecuária brasileira. Produziu só no ano passado mais de 1,7 milhão de toneladas de carne. Quer motivo maior para encarar o desafio? O boi também já faz parte da história profissional de Leo. O arquiteto ousou ao usar um boi de fibra na Casa Cor Brasília no ano de 2004. Após essa mostra, incorporou a figura do boi em sua marca. Aceitar o convite, significava abraçar a causa, afinal a estrutura física do espaço precisaria levar em conta as necessidades do animal. Ao mesmo tempo, o espaço deveria traduzir os conceitos projetuais praticados por Leo, com foco nas sensações, identidade e autoria. Deveria ser poético! Para formação deste conceito, Leo relembrou uma infância vivida no meio rural, e partiu da estética das capelas de fazendas para conceber a Casa do Boi. Dividiu o espaço entre praça, curral e edifícios. O curral foi implantado contando com a sombra de uma mangueira existente. Um canto escondido do terreno, receberá os animais. Desta forma, será possível garantir a melhor qualidade de “hospedagem” para os bichanos durante todo o período de exibição. Uma praça separa o curral dos edifícios principais. Nesta, um grande banco e uma mesa de confraria da boas-vindas aos visitantes e anuncia de modo contemporâneo a atmosfera do espaço. Um pequeno bloco abriga o Closet do Boi. Ali, vários elementos usados diariamente no trato animal são expostos de maneira lúdica e cenográfica. O bloco principal recebe a “Capela”. Neste, mobiliário, arte e design dialogam e recriam a cena pretendida por Leo. Remontam discretamente os espaços ecumênicos. Celebram a criação e a vida. Leo usa a arquitetura para agradecer a fartura e o alimento. Ao final, usa seu ofício para estimular as pessoas a ter uma visão de mais otimismo em relação a vida.

For the Mostra the architect created a complex having an "ox" and its creators as the main characters. The organizers of the show invited Leo to create a space that could house a living animal. Invitation made, invitation accepted. It was like a gift: for Leo, the animal is a symbol of strength and wealth, as well as translate an important part of our state's economy. Goiás is a reference in Brazilian livestock production. It produced just last year more than 1.7 million tons of meat. Do you want bigger reason to face the challenge? The bull is also part of Leo's professional history. The architect dared to use a fiber ox in Casa Cor Brasília in the year of 2004. After this exhibition, he incorporated the figure of the ox in his mark. Accepting the invitation, meant embracing the cause, after all the physical structure of space would need to take into account the needs of the animal. At the same time, space should translate the conceptual concepts practiced by Leo, focusing on sensations, identity and authorship. It should be poetic! To form this concept, Leo recalled a childhood lived in the countryside, and started from the aesthetics of the chapels of farms to conceive the House of the Ox. It divided the space between square, corral and buildings. The corral was implanted counting on the shade of an existing hose. A hidden corner of the ground, will receive the animals. In this way, it will be possible to guarantee the best quality of "lodging" for the pussies during the whole period of exhibition. A square separates the corral from the main buildings. In this, a large bank and a confraternity table welcomes visitors and announces in a contemporary way the atmosphere of space. A small block houses the Ox's Closet. There, several elements used daily in the animal tract are exposed in a playful and scenographic way. The main block receives the "Chapel". In this, furniture, art and design dialogue and recreate the scene intended by Leo. They discreetly trace ecumenical spaces. They celebrate creation and life. Leo uses architecture to thank for food and plenty. In the end, he uses his craft to encourage people to take a more optimistic view of life.