Biblioteca Municipal | Nicola Pagliara

Il concept progettuale si basa sul principio dell’edificare tentando di rispettare i luoghi in termini di parametri tangibili, quali geometrie, materiali, colori, e non tangibili ma ugualmente fondamentali per il progetto architettonico come le peculiarità bioclimatiche autoctone, paesaggio, vedute, abitudini degli abitanti nel modo di fruire gli spazi esistenti da lungo tempo o, addirittura, storici. Sottrarre, quindi, superficie a una piazza che da tempo è utilizzata e vista come spazio aperto è parsa da subito soluzione praticabile solo se tali superfici potessero essere restituite alla fruizione pubblica con nuovi valori aggiunti. E così il piano della stessa piazza si sdoppia e moltiplica, venendo inglobato all’interno dell’edificio e divenendo “piazza coperta”, dettando l’articolazione spaziale secondo le funzioni cui sarà deputato l’edificio e inclinandosi verso l’alto, sulla copertura della biblioteca, raggiungendo una quota tale da consentire di godere della stupenda vista verso l’estuario del fiume Sado, ora negata dalla cortina di edifici che cingono la piazza verso sud. Edificio, dunque, non più barriera fisica che consuma suolo ma occasione per valorizzare l’esistente connotandolo di nuove potenzialità. La copertura della biblioteca è tetto giardino e prolungamento della piazza, in modo da assolvere due funzioni: - preservare la superficie alla piazza, dato che la porzione di superficie che viene tolta dalla quota della piazza in corrispondenza della sagoma dell’edificio, viene riportata sul tetto della biblioteca stessa; - consentire una veduta panoramica alla piazza verso il mare. Inoltre, anche quando la biblioteca chiusa, il tetto giardino continua ad essere un parte integrante della piazza, dato che è prevista la fruizione dello stesso da un’ampia gradonata e da impianti di elevazione. Si può di dire che l’edificio è parte integrante della piazza e che la piazza continua nell’edificio caratterizzandone parte degli spazi connettivi. L’osmosi visiva tra la piazza e la biblioteca è un altro criterio progettuale. In particolare, grazie alla trasparenza dei materiali costruttivi scelti, dalla piazza è possibile vedere all’interno della biblioteca e viceversa dalla biblioteca si vede la piazza esterna. A ideia do projeto fundamenta-se no princípio de construção em respeito do ambiente em termos de parâmetros tangíveis, quais geometrias, materiais, cores, e intangíveis – mas igualmente fundamentais para o projeto arquitetónico – como as peculiaridades bioclimáticas autóctones, paisagem, vistas, hábitos comportamentais dos habitantes no modo de usufruir dos espaços existentes já há tempo ou mesmo históricos. Subtrair, portanto, superfície à Praça que há muito vem sendo utilizada e vista como espaço aberto pareceu-nos, imediatamente, uma solução viável apenas se essas superfícies pudessem ser restituídas para uso público com novos valores adicionais. E, assim, o plano da Praça é duplicado e multiplicado, sendo englobado dentro do edifício da Biblioteca como “praça coberta”, que estabelece a articulação interna segundo as funções específicas que deverá desempenhar o edifício, e propendendo-se para cima como uma extensão da própria praça, no teto jardim na cobertura da biblioteca, que está a uma cota tal que permite se desfrutar de uma vista maravilhosa do porto e do estuário do Rio Sado, atualmente impedida pela frente urbana de edifícios existentes ao sul da Praça-Edifício, portanto, não mais uma barreira física que consome solo, mas uma oportunidade para valorizar as preexistências conotando-as de novas capacidades. A cobertura da biblioteca é um teto jardim e extensão da própria Praça, a fim de cumprir duas funções: - não subtrair superfície à Praça, uma vez que a superfície recoberta pelo edifício é “restituida” no teto da biblioteca; - permitir uma nova visão panorâmica, que atualmente não existe, do porto e do estuário do Rio Sado. Mesmo com a biblioteca fechada, o teto jardim continua a ser uma parte integrante da Praça, pois è prevista a possibilidade de utilizo do mesmo por um escadão ou elevadores. Pode-se dizer que o edifício da biblioteca é parte integrante da Praça e que a Praça continua no edifício caracterizando parte dos espaços conectivos. A osmose visual entre a Praça e a biblioteca é outro critério importante do projeto. Em particular, graças à transparência dos materiais de construção escolhidos, da Praça pode-se ver o interior da biblioteca e, vice-versa, de dentro da biblioteca pode-se ver a Praça.