Parque São Francisco / Rua Preta

CONCEITO “Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantindo a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro” Um parque urbano contemporâneo deve responder às demandas da sociedade atual, tais como: sustentabilidade e cidadania. Um parque deve cumprir um papel social, devendo ele ser um agente promotor de transformação sócio espacial. Nesse sentido o Parque de São Francisco busca demonstrar, aos pernambucanos, que é possível e viável a utilização de recursos naturais de maneira sustentável e harmônica, através de ações simples e de baixo custo de execução e manutenção. A principal destas ações é o tratamento, e utilização da água do Rio Ipojuca para manutenção das áreas verdes do parque e para criar fontes contemplativas para o visitante. Porém mais do que as questões funcionais do parque, o que prezamos é a implantação de uma ideia. Ideia simples e transformadora, mais que possível necessária e urgente para estabelecer uma nova relação da cidade com o Rio. Através de um eficiente sistema de tratamento d’água (fito depuração) que não faz uso de químicos nem requer energia, o parque, será exemplo educacional para toda a população. Um vetor transformador da Caruaru moderna, sustentável e inteligente. No sistema de tratamento d’água por fitodepuração é necessário o armazenamento de água em tanques, onde esta passa pelo processo de limpeza por meio da absorção dos poluentes por plantas aquáticas. Este bombeamento da água do Rio Ipojuca aos tanques de depuração se dará por umas das mais antigas, eficientes e baratas técnicas de bombeamento que a humanidade utiliza: Bombeamento por energia eólica (cata vento). Fonte inesgotável e limpa, a energia eólica pode ser amplamente explorada na utilização do parque, tanto para bombeamento de água como para a geração de energia elétrica. Outra ação que reafirma a responsabilidade socioambiental do parque é a utilização de materiais regionais, que tenham baixo consumo energético nos seus processos de fabricação e que possibilitem a reciclagem. Com isso queremos garantir um menor custo de execução e com certeza garantimos um menor custo ambiental. Na medida em que essas ações vão entrando em contato com a população, o parque cumpre mais um dos seus papeis sociais, o de instruir e educar. Mostrar que é possível uma nova relação, mais harmônica e equilibrada, do homem com os recursos naturais, que nesse caso específico, se manifesta na relação do Rio Ipojuca com a cidade de Caruaru. Fazer do parque um vetor de sustentabilidade e harmonia para toda Caruaru. A interatividade socioambiental entre parque e usuário ainda pode se manifestar de diversas formas no desenvolver dos espaços e equipamento presentes no parque São Francisco. Um bom exemplo disto é a utilização de bicicletas ergométricas públicas com dínamos acoplados aos seus rolamentos. Com isso o visitante ao se exercitar pode contribuir com a geração de energia elétrica que pode ser armazenada e utilizada por outros equipamentos do próprio parque. E mais importante que a quantidade de energia elétrica gerada é a quantidade de usuários tocados com ideias de um mundo diferente, onde o desenvolvimento caminha junto com a capacidade de renovação dos recursos naturais. Caruaru sai na frente em Pernambuco. E abre as portas para um futuro que não pode mais esperar. Consciência no consumo de recursos naturais não é mais uma opção ou um diferencial. É uma razão de ser. FICHA TÉCNICA: ÁREA: 1,8ha CLIENTE: Prefeitura Municipal de Caruaru PROJETO DE ARQUITETURA: VAASTU (André Moraes, Adryana Rozendo, Amanda Florêncio, Savio Machado, Vitor Maciel) e Renildy Barros MAIS INFORMAÇÕES: www.vaastu.com.br