Hypostyle House | Miguel Marcelino

In a rural area in Pedrógão Grande, our client bought, in early 2017, a beautiful green plot of land with some ruined buildings. In June of that year, a fire of devastating proportions destroyed the flora of the land and the surrounding area. This dramatic change of the landscape, in turn, made very clear the topography tamed by a system of terraces, bringing to mind the Douro wine region or, further away, the Inca agricultural terraces in Peru.

It became clear that the project should recover and lie on these terraces. And the feeling that that topography did not call for a traditional house, from an archetypal point of view, but rather something more undefined, like an inhabited structure. The solution was an abstract construction made of countless columns arranged in an irregular mesh of variable density - a hypostyle structure - seeking to achieve at the same time spatial fluidity and three-dimensional filtering between private spaces and the exterior landscape. Five years later, the surroundings are green again and the new structure now also becomes part of this built landscape system.

Architecture:
Miguel Marcelino

Collaborators:
Maria Rivas, Endika Campo, Miguel Coutinho, Nicola Bruno

Structural Engineering:
ARA

Plumbing Engineering:
Pensamento Sustentável

Phases:
2017-2018 (project) 2019-2022 (construction)

General Contractor:
Justo Rigor

Construction Supervision:
Modo Associados

Gross Floor Area:
223 m2

Building Footprint:
180 m2

Site Area:
1070 m2

Location:
Aldeia das Freiras, Pedrógão Grande, Portugal

[PT]

Numa zona rural em PedrÛg„o Grande, o nosso cliente comprou, no inicio de 2017, um bonito terreno verdejante com umas construÁıes em ruÌna. Em Junho desse ano um incÍndio de proporÁıes devastadoras destruiu a flora do terreno e de toda a envolvente. Esta alteraÁ„o dram·tica da paisagem, por sua vez, tornou bastante clara a topografia domesticada por um sistema de socalcos, trazendo ‡ memÛria a regi„o vinÌcola do Douro ou, mais longÌnquo, os terraÁos agrÌcolas Incas no Peru.

Tornou-se claro que o projecto devia recuperar e apoiar-se nesses terraÁos. E a sensaÁ„o que aquela topografia n„o pedia uma casa tradicional, de um ponto de vista arquÈtipal, mas antes algo mais indefinido, como uma estrutura habitada. A soluÁ„o foi uma construÁ„o abstracta composta por in˙meras colunas dispostas numa malha irregular de densidade vari·vel - uma estrutura hipÛstila - procurando conseguir ao mesmo tempo fluidez espacial e filtragem tridimensional entre espaÁos privados e paisagem exterior. Cinco anos depois, a envolvente est· novamente verdejante e a nova estrutura torna-se agora tambÈm parte deste sistema de paisagem construÌda.