Paradinha – 11 cabins in the woods | Summary

Considering the roughness and the remoteness of this plot it would be difficult (and extremely expensive) to assemble construction yards for a traditional building. Thus, in this case, resorting to prefabricated structures was not just a choice, but the only efficient option we had to simplify the building process within such conditions.

The initial commission was to distribute several touristic rooms over the terrain. However, we proposed small houses - not just rooms - so that some of them would be able to work as full-time houses rather than tourism units. Mixing these two different programs (tourism + housing) we ensure that this complex will not have a seasonal occupation, being inhabited during the whole year and not just in the vacation period. This multifunctional approach promotes the intensity of this complex’s occupation, therefore fostering its frequent maintenance and improving the security of the area. 

This project was an opportunity to make new experiences within the Gomos building system: in each house, all the technical installations (water, electricity and climatization) were concentrated in just one module and extended to the other models externally. This procedure was standardly repeated in the whole project, accelerating its production/assembly process.

The project is composed of eleven small cabins, including four different typologies, from 28sqm to 58sqm. They are distributed across the plot according to the natural configuration of the terrain, altering it as little as possible. The old stone walls and the existing trees were preserved – the houses were carefully placed around them. Combining this apparently arbitrary positioning with different orientations allowed the houses not to block each other’s views. From the balconies, behind the wooden slats, we can see the forest and, in some cases, the river.

[PT]

11 habitáculos na floresta

Considerando a situação remota e a irregularidade da topografia do terreno, seria difícil (e extremamente dispendioso) formar estaleiro de obra para construção tradicional neste local. Assim, neste caso, o uso de estruturas pré-fabricadas não foi apenas uma escolha, mas antes a única opção eficiente para simplificar o processo de construção, dentro das referidas condições.

Num primeiro momento, o objetivo do cliente era distribuir vários quartos turísticos pelo terreno. Propusemos, em vez de quartos, pequenas casas com as condições e equipamentos necessários para uma estadia permanente, de forma a que algumas delas possam funcionar não como unidades turísticas, mas como habitações de longo termo. Misturando estes dois programas distintos (turismo + habitação), garantimos que este complexo não terá um uso sazonal, sendo assim habitado durante o ano. Esta abordagem multifuncional promove a intensidade da ocupação do complexo, a sua manutenção frequente e melhora a segurança daquela área.

Assumiu-se este projeto como uma oportunidade para fazer novas experiências com o sistema pré-fabricado Gomos: em cada casa, todas as instalações técnicas (água, eletricidade e climatização) estão concentradas num só módulo, sendo conduzidas para os restantes módulos externamente. Este procedimento foi repetido em toda a obra, acelerando os seus processos de produção e montagem.

O projeto contempla onze pequenos habitáculos, com quatro tipologias distintas que variam entre 28m2 e 58m2. A implantação destas unidades foi definida pelas condições naturais do terreno, reduzindo ao mínimo indispensável o seu impacto na topografia e na vegetação do local. Os antigos muros de suporte em xisto foram preservados, mantendo a configuração original do terreno, e todas as árvores foram mantidas – as casas foram cuidadosamente implantadas entre elas. O posicionamento disperso das várias unidades e as diferentes orientações com que estas foram implantadas criam diferentes enfiamentos, desobstruindo a vista a partir do interior. Por detrás das peças de madeira que encerram as varandas podemos ver a floresta e, pontualmente, o Rio Paiva.