SELO | MNMA studio

The 100 sq m retail restoration project for Selo brand of handmade shoes inspired MNMA studio to create a kind of brief escapism atmosphere.

The studio's core process of developing ideas from outside to inside and the pursuit of a fluid circulation led to the final layout and the sidewalk alignment as a continuum, so to offer seamless accessibility for all.

There was a desire to create a visually clear façade as an attitude of contrast for the chaotic city of São Paulo. The choice of cement slates and frameless glass reflects the urbanity but in order to achieve some lightness it was pigmented to detach from its surroundings.

During the process of curation of materials and along the building development, as some natural shattering occurred on the floor because of expansion of materials, it was decided to adopt a sort of Kintsugi technique of filling the cracks with a special golden mixture so to honor the fact.

The toilet sink is also a handmade process of "curving" a limestone and applying flames to it, so to create a very particular rough texture. The occasional furniture is composed of 50's original examples.

Inside, the atrium was remodelled to deliver a rounded skylight with a clear view of the sky, not only for illumination, but also for a playful contact with nature, weather, the passage of time and to have some human scale perspective, reminding us that we share the same sky. It is inspired and celebrates some works of artist James Turrell.

[PT]

A reforma do  espaço de 100m2 para a marca Selo (sapatos  artesanais) levou o MNMA  studio  a criar uma atmosfera de escapismo. 

Como premissa de todos os projetos desenvolvido pelos studio que se apresenta de forma transdisciplinar, a ideia sempre começa de fora para dentro, a definição da entrada e acessos foi resultado da nivelação da calçada e tornar acessível o espaço a todos, isso foi o norte para todas as demais decisões para compor o layout.

Havia o  desejo de criar uma fachada limpa, asséptica,  em contraste ao entorno caótico da cidade de São Paulo e que representasse leveza nos materiais escolhidos: concreto, e cimento a partir de pigmentação natural e promovesse um “respiro” visual ao entorno.

Nesse processo de curadoria de materiais, e no decorrer da obra, o studio decidiu assumir no piso as falhas apresentadas por trincas, ocorridas pelo trabalho mecânico do contrapiso e preencher com pó de ouro, para lembrar o passado e enaltecer de forma positiva a passagem no tempo, recorrendo a antiga técnica japonesa Kitsungi.

No banheiro foi feito uma cuba  com desenho sob medida para o projeto em granito flameado ( técnica que carboniza a pedra). O mobiliário pontual, com peças originais dos anos 50. 

No interior da loja foi criado um átrio com uma claraboia que transmite ainda mais a passagem do tempo, trazendo para o espaço a relação com a natureza e promovendo a iluminação de forma natural do ambiente. Os arquitetos queriam que as pessoas ao olhar para cima, lembrassem de como estamos “ todos sob o mesmo céu”  e criar essa relação de perspectiva com a escala humana, “ uma exaltação ao trabalho do artista James Turrell”