RBS restaurant | BG arquitetura

Projeto de Retrofit de edificação Industrial para instalação do novo Lobby e Restaurante Corporativo com uma linguagem arquitetônica que evidenciasse a vocação da RBS como empresa de comunicação, voltada para o futuro.

A partir da análise da infraestrutura existente do conjunto de edificações do complexo e das oportunidades do espaço disponível, propusemos inicialmente a reestruturação das entradas de funcionários e clientes e a alteração das circulações principais entre os prédios da RBS, Zero Hora e futuro Restaurante. A demolição de várias áreas deram lugar à nova Recepção, espaçosa, contemporânea, ponto de interligação entre todos os prédios e acesso principal ao novo restaurante. Somado a isso, recursos multimídia foram usados para transmitir aos visitantes todo o potencial e a cultura da RBS e todas as empresas do grupo. Grandes painéis de vidro e outras superfícies alto brilho, contrastam com revestimentos foscos em tons off white e cinza, mobiliário em madeira e corian branco. A iluminação artificial encaminha a circulação, com sancas longilíneas desiguais no forro de gesso e no espaço de espera, com pé-direito duplo, usamos o recurso de iluminação zenital com um domus no centro. Um grande vão de vidro foi aberto para a fachada e uma área de estacionamento deu lugar a uma grande árvore, um plátano de 6m. Fachada esta que recebeu marquise em aluminío composto fazendo a ligação visual entre o antigo prédio industrial e o prédio corporativo principal, com vãos espaçosos, um deles espacialmente projetado para a árvore.

A inspiração de todo o projeto vem de espaços públicos como centros culturais e bibliotecas onde se valoriza a integração visual entre os espaços. Projetos de empresas de comunicação como a Bloomberg, de software como a Google, Facebook e Skype , de animação como a Pixar e sedes de empresas como a Diesel e a Nokia, forneceram subsídios suficientes para um conceito próprio.

O prédio industrial era uma caixa de pé-direito altíssimo dividido por uma arcada de pilares de frente a fundos (da av. Erico Veríssimo até a Rua Zero Hora). Optou-se por recuar a laje do futuro auditório de modo a criar um átrio com pé-direito triplo junto à fachada da Érico. Com orientação solar noroeste, foi criada uma máscara com brise alveolar de proteção solar e o fechamento de vidro, com 11m de altura, foi recuado para criar uma massa de ar quente no lado externo que sai naturalmente pelo efeito chaminé dos vãos na laje superior.

 Um mezanino em “L”, praticamente suspenso, foi intercalado entre o térreo e a laje de expansão e abriga a área de convivência, o espaço Conexão, com áreas de estar, tv e jogos. Por fim, dimensionou-se a área do restaurante, com pé-direito duplo de forma que todas as áreas se inter-relacionam, se comunicam visualmente. Como registro histórico, para lembrar que este local abrigou por mais de 30 anos, a impressão do jornal Zero Hora, foi deixada em destaque, instalada e funcionando, uma das pontes rolantes do prédio reciclado.

A entrada do restaurante fica embaixo deste mezanino, com um forro linear revestido de madeira e pendentes brancos, direcionando para a lojinha de conveniência que funciona o dia inteiro. É neste átrio que foram criados espaços intermediários onde se pode tanto lanchar como almoçar. Bancadas altas, uma bancada gigante com jardim e tomadas. Comer, trabalhar, carregar o celular... Um lounge foi construído sobre uma laje de concreto branco, no entorno um jardim de pedras portuguesas igualmente brancas dás uma textura toda especial.

A entrada em si, foi criada a partir da demolição de todo o corredor de uma antiga servidão. Voltada para o Sul, e com um muro de divisa de mais de 12 m de altura, criamos dois grandes espaços com jardins verticais. Duas paredes verdes com quase 5m de altura e 1300 plantas proporcionam o contato direto com a natureza, visual relaxante e um microclima agradável propício para bater um papo depois do almoço. Todo o mobiliário foi pensado para promover a integração com uma composição de mesas de 6 a 12 pessoas. Bancadas altas organizam os espaços e quebram a monotonia de um espaço para 250 pessoas sentadas, distribuídas em grupos de mesas brancas, linhas de mesas em madeira teca pontuadas com 2 mesas elípticas amarelas. Duas dracenas arbóreas gigantes funcionam como esculturas no meio do espaço.

Já a área de buffet foi acomodada ao longo da cozinha envidraçada, embaixo das passarelas de concreto que serviam de acesso ao longo da gigante rotativa e hoje são usadas como casa de máquinas de todas as instalações de ar condicionado, exaustão, elétrica e hidráulica do projeto. Preto e detalhes de madeira foram usados nos móveis, iluminados com lâmpadas CDMR par30, servem para realçar as cores dos alimentos, sem as distorções que outras lâmpadas promovem.

Uma sala reservada foi criada no fundo do espaço, para reuniões de negócio, onde os colaboradores trazem convidados. Junto da parede verde, criou-se um recanto com cobertura de vidro, praticamente um jardim interno. Uma cozinha com espaço gourmet e churrasqueira e banheiros privativos conferem o caráter exclusivo deste espaço.